quinta-feira, 11 de março de 2010

People who give up on love aren't worth loving



Vincent:Did she ever love you?
William Harding: I don't know. I think so.
Vince: Don't do anything, just be cool, you know. Just wait, she'll call you.
William Harding: She won't.
Vince: Yes, she will.
William Harding: No, she won't.
Vince: Well then, fuck her, you know. People who give up on love aren't worth loving

William: what does that says about you?
Vince: I don,t know what it says about me, but seing you here today...it says a hell about you...

5 comentários:

Jil aka aSonhadora disse...

Já te comentei no face, porque não tinha ainda reparado que postaste aqui... ;)
Mas já vi e tenho-o no meu lar. Quando quiseres anda tomar um cafézito, para to devolver. Ou de outro modo, como preferires ;)

Gostei por ser um filme peculiar. Creio que fiquei umas duas horas só a falar dele com o João (que está a aprender a ter sensibilidade nestas coisas, mas nas suas palavras, estou é a torná-lo "paneleiro"! lol) ;)

Os diálogos são muito bons e este é de longe o melhor. Aquela mãe (grande actriz, diga-se de passagem!) aparece durante uns minutos e marca logo!

O gajo é extremamente interessante, pela complexidade e agressividade que tenta controlar. A rapariga, acho que por muito que tentasse, em boa verdade, nunca deve tê-lo amado. Porque se tivesse... não desistiria. Se desistiria... concordo com a mãe: é porque não merece.

Bem, este é tema para um dia virmos a dissecar! Por escrito não tem piada, além de eu estar a workar neste momento :P
Não te queria devolver já já o dvd, porque quero tratar de fazer uma cópia para mim! ;)

Beijinhos *

Jil aka aSonhadora disse...

Hummm não reparei no vídeo e pensei que fosse o diálogo com a minha mãe, porque foi o meu favorito, de longe. Mas este com o pai também é muito forte. E de facto, esse passo que ele deu ao encontro do pai numa altura de desespero... disse muito sobre ele :)

ricardocosta disse...

Obrigado pelos comments e por veres o filme:). Apreciaste?O João Vitorino apreciou?

O diálogo com a mãe é dos meus favoritos.A Laura Linney é uma actriz simplesmente espectacular.Ela aparece uma ou duas vezes e enche totalmente o filme com a sua intepretação...Também o Ethan Hawke tem esse efeito,mas a Laura supera-se mesmo.
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Não coloquei esse video,porque já fiz um post só com ele há uns meses atrás..
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Este foi o clip que vi em 1º lugar no youtube,ainda antes de ter o filme e me fez desejar ardentemente ver esta 2ª aventura do Ethan Hawke na realização.
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Folgo em saber,que andas a educar cinematograficamente falando o grande João Vitor.:)
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Se tiveres interesse,fiz um texto sobre o filme,há tempos atrás aqui no blog,em que dou a minha interpretação.
Acho interessante a forma como ele filma o sofrimento que é a 1ª grande desilusão que temos,alguém que amavamos tanto e se desvanece...Como de um dia para o outro podemos passar de ser tudo para alguém,a sermos totalmente irrelevantes.Ele capta a dor, a incompreensão e o desespero...
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Ao mesmo tempo,como o facto de nos apaixonarmos e termos um desgosto,pode ser a melhor forma de nos conhecermos a nós próprios.
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O filme não é sobre uma história de amor de William e Sarah,é sobre auto descoberta.Sobre como pequenos eventos na nossa vida,podem marcar a forma como apreendemos os sinais e estímulos que todos os demais nos dão,e como nos encaramos a nós mesmos e ao mundo que nos rodeia.
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A Sarah foi apenas a ponta do iceberg que o fez entender que ele nunca se tinha confrontado a ele próprio...e a temas como a relação com o pai...A forma como ele "não" lidou com esse assunto,como isso influenciou a forma de ele ver as mulheres da vida dele,como o faz andar à deriva de uma figura masculina que ele próprio criou que deveria ser.
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O fime é todo um caminho de descoberta, que tem o seu momento alto, quando ele no desespero apela ao pai que não via há anoss,em busca de respostas,em busca de algo q fizesse ter algum sentido,e como recuperar a Sarah...Quando no fundo,os motivos que os levaram ali,foram muito mais do que o que ele sentia pela Sarah...Foi o porquê e o como ele sentia...Foi chegar à conclusão que não tinha sentido.Há coisas que não têm mesmo,e mais importante, serviu para ele se conhecer e resolver-se melhor consigo próprio...
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Se explorares o meu pequeno blog,verás um video com o diálogo com a mãe(brilhante) e ainda o texto que fiz sobre o filme,assim como dois posts com a música No te veria más,nas suas duas versões.
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ps-Sobre o cafézito,é só combinares.;)
Beijinhos

Jil aka aSonhadora disse...

Sim, o filme é sobre auto descoberta, não é propriamente uma história de amor!
Mas não haja duvida que o amor, o desgosto, a vivência a dois por muito pequena que seja, faz-nos conhecer coisas que não conheceríamos completamente sózinhos.

É dos melhores frutos de qualquer relação, por mal ou bem que acabe: a capacidade de vermos o outro mas acima de tudo de sabermos mais sobre nós. É por isso que costumo dizer que, acabe como acabar alguma relação, ou quando temos algum amor não correspondido, apesar das dores de cabeça e de coração... acredito e acreditarei que gostar de alguém é e será sempre um bom sentimento. Quanto mais não seja, porque testa as nossas capacidades, testa o nosso poder de luta, de perdão e de sacrifício.

E eu gostei muito da relação deles, acho que se percebia desde logo que o modo como aquele amor o afectou, iria deixar sempre cicatriz. Mas também gostei como acabou. No fundo um simples "já não gosto de ti", a consequente depressão e sentimento de desamparo. E por fim, a reconciliação. Com ela? Não só. Com ele mesmo. Com as suas pontas soltas.

Esta relação fez-lhe bem, tornou-o maior. Apesar da dor. E é assim que vejo todas as relações (as minhas e as dos outros, as actuais e as findas): como uma excelente oportunidade para a exploração. Venha o que vier... será bom :)

O JVzinho gostou sim. Ele em termos de cinema, estava ainda, a meu ver, um pouco cru no que dizia respeito a "bom cinema" no meu sentido - que é tão válido quanto o de outra pessoa qualquer. Mas agora temos visto muita coisa juntos e debatido. Mas não é suposto ser isto tb? Uma relação não nos deve fazer evoluir? Claro que sim... :)

Quanto ao café, ainda não, ainda não... quero gravar o dvd primeiro! Eheh. Dp digo ;) Beijinho *

ricardocosta disse...

Muito bom mesmo....E no fim,aquela frase final...demonstra que ele estava finalmente livre...Não precisava mais de fazer de conta que era orfão...O passado tinha ficado ultrapassado...Tudo o que o havia afectado,o que o prendia...Era finalmente livre,depois do perdão e depois de sentir que as coisas não têm que ter propriamente um sentido...Nem todas as perguntas têm uma resposta...O segredo está mais que tudo,em fazer as perguntas certas...
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A ideia de que o pai nunca lhe tinha dito nada de importante,mas só mais tarde ele percebeu que tudo tinha bastnte razão de ser..."nunca afastes o teu coração do Texas".
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A Sarah foi o click que o fez ver-se a si próprio,no espelho,como nunca vira...Encarar o crescimento,as carências e a forma como sabia(ou não) lidar com a ausência,o vazio que ela deixa, o lidar com a rejeição...
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Amar,envolver-se,conhecer alguém, deixar-se tocar por esse tipo de sentimentos, mesmo que não seja correspondido e não dê certo,acaba por ser a melhor forma de nos conhecemos a nós próprios...
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Beijinhos