terça-feira, 10 de julho de 2012

Quantos mundos poderá um mundo ter?

E aqui estou. Já se passaram alguns anos, eu fujo dos meus planos, escondendo os feitos de uma outra vida qualquer. Um dia espero acordar e sair sem hesitar, deixando de bater portas e abandonando ventos e moinhos. Até lá, já se passaram alguns anos, as formas no céu estão cada vez mais planas, destoam sorrisos que se aninham na palma da mão.
E assim, conheci-te noutro planeta qualquer. És menina rebelde em forma de mulher. Uma visão que faz estremecer os alicerces de betão onde se encontram cativos os meus pensamentos.

E de repente as claraboias deixam entrar uma cor pastel por entre o pó que acumulam, e é como se lá fora estivesse uma paisagem à espera de ser contemplada.

Será possível respirar junto a ti sem ficar sem folego? Tocar-te sem desaparecer?

Quantos mundos poderá um mundo ter?