terça-feira, 23 de março de 2010

Don't Go Away


Don't Go Away

A Cold and frosty morning,
Theres not a lot to say,
About the things caught in my mind,
And as the day was dawning,
My plane flew away,
With all the things caught in my mind,

I don't wanna be there when you're coming down,
I don't wanna be there when you hit the ground,

So don't go away,
Say what you say,
Say that you'll stay,
Forever and a day,
In the time of my life,
Cos I need more time,
Yes I need more time just to make things right

Damn my situation and the games I have to play,
With all the things caught in my mind,
Damn my education I cant find the words to say,
With all the things caught in my mind,
And I wanna be there when you're coming down,
And I wanna be there when you hit the ground,

So don't go away,
Say what you say,
Say that you'll stay,
Forever and a day,
In the time of my life,
Cos I need more time,
Yes I need more time just to make things right.

Me and you whats going on,
All we seem to know is how to show,
The feelings that are wrong.

So don't go away,
Say what you say,
Say that you'll stay,
Forever and a day,
In the time of my life,
Cos I need more time,
Yes I need more time just to make things right.

And don't go away,
Say what you say,
Say that you'll stay,
Forever and a day,
In the time of my life,
Cos I need more time,
Yes I need more time just to make things right,

Yes I need more time just to make things right,
Yes I need more time just to make things right,
So dont go away...

segunda-feira, 22 de março de 2010

Cavaleiro Andante


Música e voz de Rui Veloso, letra do inigualável Carlos Tê

Cavaleiro Andante

Porque sou o cavaleiro andante
Que mora no teu livro de aventuras
Podes vir chorar no meu peito
As mágoas e as desventuras

Sempre que o vento te ralhe
E a chuva de maio te molhe
Sempre que o teu barco encalhe
E a vida passe e não te olhe

Porque sou o cavaleiro andante
Que o teu velho medo inventou
Podes vir chorar no meu peito
Pois sabes sempre onde estou

Sempre que a rádio diga
Que a américa roubou a lua
Ou que um louco te persiga
E te chame nomes na rua

Porque sou o que chega e conta
Mentiras que te fazem feliz
E tu vibras com histórias
De viagens que eu nunca fiz

Podes vir chorar no meu peito
Longe de tudo o que é mau
Que eu vou estar sempre ao teu lado
No meu cavalo de pau

domingo, 21 de março de 2010

Sara Tavares - Ponto de Luz

Melhor voz feminina em Portugal.

Beleza,simplicidade,doçura,paz,harmonia,talento em estado puro...ou simplesmente...Sara Tavares.





Ponto de Luz- Sara Tavares

Escutando no vento
Tua voz secreta
Que me sopra por dentro
Deixa-me ser só seu

No teu colo eu me entrego,

Para que me nutras

E me envolvas

Deixa-me ser só seu



Um ponto de luz

Que me seduz

Aceso na alma

Um ponto de luz que me conduz

Aceso na alma



Por trás dessa nuvem

Ardendo no céu

O fogo do sol raia

Eternamente quente

Liberta-me a mente

Liberta-me a mente



Um ponto de luz que me seduz aceso na alma

Um ponto de luz que me seduz aceso na alma





Adeus, Pai

Hoje vou falar de um filme que vi no cinema quando tinha apenas 11 anos.
Na altura foi ao cinema com a minha família, uma tarde comum na época. O meu pai,a minha mãe e o meu irmão íamos ver alguns filmes. Muitas vezes filmes de animação ou comédias.
.
Desta vez iamos ver um filme português...Poderia parecer assustador,já na época...Mas era uma história que parecia ser familiar, tinha uma criança como personagem principal( um jovem José Francisco Pimentel que, já na altura, demonstrava que faria da representação o seu futuro).
Filme que entre outros,contava com um dos melhores actores portugueses: João Lagarto.
Lembro-me que na época o filme me marcou...Ainda não era um cinéfilo, nem tinha visto grandes filmes como hoje...Mas este filme era diferente...Tanto, que no final saí da sala sem perceber o seu final e o achar algo estranho...Os meus pais que eram mais velhos também haviam saído confundidos com o final...Volvidos alguns anos,com outra maturidade, recordei-me do filme, quando numa discussão falava daqueles que eram para mim os melhores filmes portugueses que tinha visto.
.
Uma história bonita, comovente, enternecedora, fiel aquelas que só são habitáveis geralmente na mente das crianças...
.
A história parte de uma premissa simples. " Era uma vez a história de um filho que gostava de ter um pai que gostasse de ter um filho"

O filme tem a sua acção narrada sempre em voz offf pela voz de Filipe,que conta a história de um miúdo que raramente via o seu pai. Chegava sempre demasiado tarde a casa para estar com o filho, e nunca passava tempo com ele, era praticamente um desconhecido...Finalmente chegado o Verão, o pai( João Lagarto) anuncia ao filho que terão umas férias juntos na bela ilha dos Açores.
Filipe meio que atordoado com a ideia,fica sem perceber muito bem o que o espera,pois nunca tinha estado tanto tempo com o pai, mas ao mesmo tempo sente-se entusiasmado pela aventura de ir conhecer os Açores com o pai.
O filme oferece-nos uma fotografia absolutamente genial de uma ilha encantada como os Açores, uma realização que ,para época , apresenta uma proposta bem interessante, com planos fixos para contemplar as relações, os afectos dentro da imensidão de uma paisagem maior...
.
É a história do desabrochar de uma série de sonhos de uma criança, de aventuras que sempre quis viver, o 1º beijo, o 1º amor, um grande amigo, aventuras e desventuras mas, acima de tudo, a oportunidade de estar tempo com o pai que nunca teve...
No decorrer da viagem o seu pai( João Lagarto) demonstra que aquela viagem tem um propósito...Quer connhecer o filho, passar tempo com ele, aproveitar todo o tempo para criar momentos e conferir ao filho uma série de memórias com o pai que nunca havia tido até então.

Filipe fica entusiasmado por finalmente poder falar de tudo com pai,tudo o que ele sempre quis falar, tudo o que pensava e não tinha a figura paternal com quem partilhar...Basicamente, Filipe tem as melhores férias da sua vida.

Uma ideia interessante,todo o conceito do filme, como se vai se apercebendo pela forma como se desenvolve...Não tem grandes pretensões, tenta que a beleza dos Açores sobressaia enquanto um pai e um filho se conhecem...Apercebemo-nos depois que aquelas férias seriam as 1ªs e as últimas que teriam juntos...O pai de Filipe estava a morrer, sabendo disso, queria passar todo o tempo disponível com Filipe e queria que mais tarde Filipe ficasse com a memória de um pai alegre,brincalhão, amigo, capaz de lhe proporcionar umas férias que nunca esqueceria...Sente-se  a cada momento, que tenta-se congelar ali o tempo, naquele espaço mágico...
.
O filme é especial,porque toda a forma como é concebido o argumento e a própria forma como é apresentado visualmente parte da imaginação de uma criança e como ela vê a conversas que teria com o seu pai, as aventuras que viveria, como tudo seria diferente...
.
O filme é mais bonito ainda, agora que olhando para trás penso que, passado todo este tempo, não deixei de sorrir quando há uns meses atrás encontrei o trailer do filme no youtube, e foi como se a história nunca tivesse saído da minha cabeça...Captada e conservada através dos olhos daquele miúdo de 11 anos que foi ver o filme com a sua família....Um miúdo de 11 anos a ver um filme sobre uma história que se baseava na fértil imaginação de uma criança mais ou menos da mesma idade...
.
Na altura não compreendi,(tal como os meus pais) o final...O pai quer que a despedida seja feita sem tristezas,choros...Não depois de umas férias daquelas...Depois de terem tido tempo para falarem de tanto, partilharem tanto...Mesmo sabendo que tanto ficaria por contar...Na visão de uma criança era triste, que aquela relação tivesse que acabar logo ali...Quando Filipe termina dizendo que ficou com o cheiro do pai agarrado à sua roupa e que nunca o esquecerá...
.
Um filme que estabelece o paralelismo entre aquilo que é a realidade crua e dua do nosso dia a dia, e daquilo que gostariamos que fosse,quando temos a capacidade de escapar para uma outra dimensão, do que vemos e sentimos todos os dias...Criar na nossa mente um outro tempo, sem precisar de apagar as personagens do nosso dia-a-dia, nem apagar o nosso Mundo e iniciar outro....apenas recriar,reiventar o que já temos...Um filme que viaja e se estabelece por entre esse paradigma entre sonho e imaginação e o facto de no final, por mais bom que seja o sonho,haversempre o despertar para a  nossa realidade...

Esta é a história de uma criança que sempre sonhou ter um pai que a quisesse ter...Que a cada noite,quando se ia deitar, sempre esperava  que, pelo menos por uma vez, o pai entrasse no seu quarto,nem que fosse apenas para lhe dar um beijo de boa noite...A história de como perante uma realidade triste ou que não nos agrada, a imaginação e o sonho podem dar as mãos e fazerem-nos ser tudo aquilo que quisermos ser e viver todas aquelas experiências que sempre desejamos...Mesmo que por vezes, o despertar para a realidade seja duro. Muitas são as histórias de pessoas, que perante a tristeza ou a desilusão tiveram a capacidade de explorar melhor o seu lado criativo,nem que fosse para terem a capacidade/habilidade de verem um mundo melhor. Uma realidade para além daquela que lhes é dada a conhecer no seu dia-a-dia.
.
Hoje, com outra maturidade e sensibilidade, vejo que aquele final tinha todo o sentido...Na época parecia abrupto, cortava toda a narração que tinha seguido uma lógica até então...Mas agora compreende-se...Era o despertar do sonho para a realidade...Mesmo em termos de  sequência visual e de linguagem,são contextos apresentados de forma diferente.
Afinal tratava-se de uma história que aquele miúdo nunca viveu, com um pai que ele sempre quis ter e nunca teve, e umas férias de sonho nos Açores que de tão idílicas, nunca foram reais...por mais real que as sensações e sentimentos tivessem sido vividos... para um miúdo que nas férias grandes nunca havia saído de Lisboa sequer...Acima de tudo, a história de uma criança que sonhava ter um pai que gostasse dela...
.
Uma ideia interessante, um filme despretensioso,com uma bonita banda sonora dos Delfins, numa época em que eles ainda não tinham chegado à sua fase " Sharon Stone". Uma música que joga, pela sua letra e melodia ,muito bem com aquilo que serão os pensamentos de uma criança que sonha e anseia por ter um pai que a ame, que acima de tudo, queira ter um filho...

Marcou-me. Aconselho. Mesmo sendo de 1996 e tendo naturais falhas, acho que é um filme diferente do que estamos habituados no cinema português. Uma mensagem bonita.

.


Ps- Alguém teve a gentileza de publicar a totalidade do filme no youtube.Aconselho a todos que dêm uma vista de olhos.

Fica aqui o videoclip do tema do filme da autoria dos Delfins: Não vou Ficar


 

sexta-feira, 19 de março de 2010

Pontes entre nós







Pontes entre nós- Pedro Abrunhosa



Eu tenho o tempo
Tu tens o chão
Tens as palavras
Entre a luz
E a escuridão...

Eu tenho a noite
E tu tens a dor
Tens o silêncio
Que por dentro
Sei de cor...

E eu e tu
Perdidos e sós
Amantes distantes
Que nunca caiam
As pontes entre nós...

Eu tenho o medo
Tu tens a paz
Tens a loucura
Que a manhã
Ainda te traz...

Eu tenho a terra
Tu tens as mãos
Tens o desejo
Que bata em nós
Um coração...

E eu e tu
Perdidos e sós
Amantes distantes
Que nunca caiam
As pontes entre nós...(2x)

Que nunca caiam
As pontes entre nós!
Que nunca caiam
As pontes entre nós!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Voar



Tim- Voar

Eu queria ser astronauta,
O meu país não deixou,
Depois quis ir jogar à bola,
A minha mãe não deixou.


Tive vontade de voltar à escola,
Mas o doutor não deixou,
Fechei os olhos e tentei dormir,
Aquela dor não deixou...

Ó meu anjo da guarda,
Faz-me voltar a sonhar,
Faz-me ser astronauta,
E voar...

O meu quarto é o meu mundo,
O ecran é a janela,
Não choro em frente à minha mãe,
Eu que gosto tanto dela.

Mas esta dor não quer desaparecer
Vai-me levar com ela...

Ó meu anjo da guarda,
Faz-me voltar a sonhar,
Faz-me ser astronauta,
E voar...

Acordar meter os pés no chão,
Levantar, pegar no que tens mais à mão,
Voltar a rir, voltar a andar, voltar, voltar...
Voltarei... (8x)

Acordar, meter os pés no chão,
Levantar, pegar no que tens mais à mão,
Voltar a rir, voltar a andar, voltarei...

terça-feira, 16 de março de 2010

"Trago-te em mim, mesmo que chova no Verão"



Eu sou mais do que vês, temos tanto em contrário porém, um sentido de tempo que se encontra, somos capazes de jogar com a chuva como quem brinca com o medo, quem inventa um beijo e se prende num lamento…
.
Sei que me ouves, por entre os silêncios que não queres sentir, sei que me vês, quando teus olhos dos meus se afastam, quando por entre os dedos me foges e teus braços de mim se escondem…
.
Sei que por entre lágrimas me avistas, mesmo quando é de indiferença o sabor da tua rota, sei que da ponte fechada dizes um sim quando o não te derrota, sei que da minha história eras não sei se heroína ou anseio, mas sei que por momentos, contigo as noites eram poesia…sinto hoje que me deste um doce veneno, sem eu saber qual a poção para aprender a viver sem o conforto de poder ouvir o bater do teu coração, e me prender na doçura do teu olhar , que conseguia afastar os meus demónios… Por entre frases de esperança , pensamentos obscuros que como balões subiam e se inflamavam, no céu azul que ousavas pintar,por cima das sombras que por mim se passeiam.

Não sei se me entendes, se me procuras no livro e eu me perco nas margens, do acto que não chegou a ser falha, mas que invariavelmente se extingue no erro.

Por entra as páginas definias o destino, lutavas pelo seguro, enquanto eu me equilibrava entre as gotas de chuva pelo repentino… venço o degredo com a força com que me dizes para não ter medo, sei que me oiço, pelas ondas das tuas paixões , que me marcaram , sendo tuas, eram lírios azuis… palco em que a luz do holofote me queima, mas que em dado momento, me ilumina, perante aquele teu pedaço que, por definição ,não era de mais ninguém, um pequeno canto que guardas, nos segredos do teu quarto, no frio da manhã, no calor do sol que espreita por entre as brumas, esse pedaço, por mais que hoje o teu rosto fechado o contrarie, está guardado, até à noite que queiras voltar…Perfumando e dando luz à indiferença dos dias…Despindo a armadura que nos distancia, e entregando- nos as histórias que ainda temos para partilhar, as lutas que ficamos de travar, a tua mão na minha…

.
Sei que vives de terra e eu de lua, vivo por entre sonhos, devaneios e tu na tua… corro contra o vento, do caos faço a minha estrada, mas sei, que por mais estranho que te possa parecer, não há maior riqueza que a certeza de saber que, mesmo que me não me consigas definir ou ver com a tua lupa, mesmo que te seja difícil encontrar-me e encaixar-me no mapa do teu mundo, eu sou aquele que ao longe te fita, que de tanto escutar, sabe os tempos com que o teu coração bate, sabe o sabor das noites que ficas acordada, quando por mais frio houvesse no caminho me encontravas…Sei com que traços se definem os teus sonhos, quando na imensidão do pensamento e da insónia me procuras…
.

Somos a junção de duas metades imperfeitas que ,estranhamente, não conseguem fugir dos limites do ilógico, da irracionalidade que faz ser possível casar a luz clara do dia, com a noite densa e escura...

Contigo fui tão longe, estive tão perto…Hoje nem sei se os relógios batem certo, se o orgulho é ferido, ou simplesmente me derrota a solidão, sei que dói… Mesmo quando a ti me devolvo, quando te escuto por entre os acordes da guitarra, te leio nas páginas das histórias que sei que ainda tinhas para me contar, mesmo quando me dizem para agarrar o Mundo que tenho com as duas mãos…nos dias que passam, no fim, quando na noite me enfrento, sinto as minhas mãos cheias de nada…

Não sei se assim venço a indiferença, se faço a máquina do tempo funcionar...Mas se de palavras sonho , da ausência delas sofro...Se elas tanto me dão e tiram.. nada mais justo, em mais uma noite , entre tantas em que te vejo...Mas mais que tudo, em que te sinto, a cada silêncio...

“ Trago-te em mim mesmo que chova no Verão…”



sexta-feira, 12 de março de 2010

Why to choose Laws and why to love cinema

Why to choose Law and simultaneously love cinema:




"A few good men"



" A time to kill"



"And Justice for all"

(Esta é uma razão por o Al Pacino ser um dos meus actores favoritos e na minha opinião um dos melhores de todos os tempos.Intensidade.É o adjectivo que me vem à cabeça sempr que penso em Al Pacino).
.
.
Desde pequeno gostei da ideia da Justiça.Acima de tudo, gostava de discutir,argumentar, de montar uma estratégia,e através da dialéctica e da retórica conseguir provar uma tese. O acto de estudar a estratégia da outra parte, de saber utilizar os melhores argumentos, como se um jogo se tratasse...De me apaixonar e bater por uma causa.
.
Os meus pais pensariam que se calhar seria gosto pela política...Depois tinha outros gostos.Futebol,mais tarde música, e cinema...No cinema e nas séries obviamente fascinei-me como muitos pela profissão ficcionada.Principalmente pela forma como se pratica Direito eno sistema anglo saxónico....
.
Nunca tive dúvidas que o meu gosto pela história,filosofia,português, etc me levaria para um curso relacionado com as humanísticas...Numa época pensei se seria jornalismo,direito ou outro qualquer...Ponderação entre o que gosto,o que me imaginaria a fazer e o que seria possível fazer...
.
Mas ao ver estas cenas, isto apaixonava-me...No Direito,nunca me enganei...Mesmo nas alturas em que tinha dúvidas se seria o passo certo...Cenas como estas lembram-me o que me encanta no curso...Não é o curso em si mesmo. É a advocacia, enquanto profissão nobre, a forma como a verdade pode ter várias versões,a descoberta dela, e a luta pela verdade...Acima de tudo...é aquele momento...O julgamento...A argumentação...É aquele local, onde se deve tentar encontrar a verdade e fazer a Justiça,seja ela qual for...A barra é o que me fascina. Por isso, nunca tive problemas nas entrevistas, quando me perguntavam se tinha pensado em ser outra coisa que não advogado,se pensava na magistratura etc...Seria mais confortável e com mais regalias?Talvez...Mas perder isto...?Não...A barra é o que sempre me fascinou e me levou a escolher Direito.Esta possibilidade.
.
And Justice for all...

About Love

Amor x Paixão. Comunhão de dois estados que parecem ser inseparáveis por uma ideia de romance que nos assalta ao ver um filme, ao ler um romance, mas que na realidade nem sempre se conjugam, nem sempre duram o que deveriam durar…O que se faz quando a paixão termina? O amor é no fundo o que fica. Paixão é efémera, é instável, apimenta a nossa vida, faz com que por dentro tudo seja uma explosão cósmica de sensações incontroláveis que nos levam do 8 ao 80 num curto espaço de tempo…Apaixonamo-nos uns por coisas simples, outros por aquilo que não conseguimos explicar. O facto, é que podemo-nos apaixonar por várias pessoas, de diferentes formas. O facto é que a própria forma como se usa a palavra demonstra que é mais comum que o amor. Podemos dizer sem qualquer problema, estou apaixonado por isto, o pôr do sol na praia é algo que me apaixona…Acho que me estou a apaixonar por esta pessoa…Estou apaixonado por este livro, por esta frase,… Mas amor? O que há a dizer sobre o amor? Sério, não aquele que se banalizou com a geração “I love you”, que escreve a palavra a torto e a direito…É de loucos. Não foi criado para ser utilizada várias vezes…Na nossa sociedade, se vermos bem, é muito raro ser comum utilizar-se expressões como eu amo isto ou amo aquilo…Utiliza-se apenas para pessoas, e num grupo restrito…Nem todos dizem que amam os pais…Seria demasiado…Utiliza-se o grau abaixo. O adoro. Adoro este filme, adoro passear à beira mar, adoro quando vejo o teu sorriso logo pela manhã, adoro dormir até tarde…Tudo num grau abaixo…Porquê? Porque desde o inicio dos tempos, amor foi algo que os maiores poetas tentaram definir com palavras por trás das palavras…Porque não é algo que se possa explicar ou entender num ápice…É uma série de adoro-te, mais uma série de algo que me apaixona sem ter que necessariamente estar no grau máximo da paixão…
.
O ser humano tem a capacidade insofismável de se apaixonar uma série de vezes, pelas mais diferentes coisas e pessoas….Mas amar? Considero que se ama poucas vezes, não obstante haver pessoas que têm maior predisposição para amar que outras…Não que isso signifique que amem mais…Poderei ser algo cínico e dizer, que por vezes o que diferencia quem ama mais pessoas numa vida ou menos, passa mais pela capacidade que o ser humano tem de se mentir a si mesmo a um certo ponto que já nem ele próprio sabe distinguir bem onde começa o que sente e onde acaba aquilo que ele se impele a sentir…O medo da solidão, os olhos de uma sociedade que formata a que tudo e todos tenham uma correspondência como aquele jogo de cartas em que tem que haver sempre uma igual e que é só ir tentando de carta em carta até encontrar a que nos corresponde, leva a esta série de equívocos… Leva a que por vezes as pessoas simplesmente se acomodem… Devo conferir, que nem sempre isso acontece. Há pessoas que nunca sofreram por amor…Apenas amaram. Porquê? Porque nunca subiram a outro estado, sempre se contentaram com o que lhes é palpável, sem procurar o que haverá do outro lado do espelho( roubando agora um bocado a ideia da obra tão em voga agora, da Alice no país das maravilhas).


Se eu nunca tive 100, se sempre e contentei com o 50 e nunca quis ousar a ter mais, aí ficarei numa zona confortável. Nunca saberei o que é aquele amor que de tão forte até é capaz de doer…Mas também nunca me abalarei nem deixarei vencer pela sua falta. Amor pode durar para sempre? Pode….Mas acho mais provável em termos percentuais a ideia de que muitas pessoas ficam uma eternidade umas com as outras sem nunca saberem ao certo se é amor o que os liga…Daí depois as traições, as crises de meia idade, a busca pelo desconhecido em tempos em que já se deveria ter como adquirido o que une, e não nos sentirmos irremediavelmente atraídos para o que nos separa…
.
Nunca tive a expectativa de estar apaixonado para sempre por alguém…Como diria a Céline em Before Sunset, essa ideia de que estaríamos sempre apaixonados por alguém seria insustentável, o nosso cérebro entraria em colapso. Mas acredito ainda, na ideia de que é possível amar alguém para sempre…Mais fácil se essa pessoa não estiver presente. A distância tende a cristalizar os sentimentos. Mas acredito também que é possível alguém aceitar ficar. Isso leva-me ao concretizar de toda uma ideia que tentei abordar ao longo do texto, sem nunca concretizar. Acho que a maior diferença entre um amor que pode durar para sempre e os que duram para sempre numa memória, ou daqueles que não duram, é o acto de coragem, o acto de fé, de duas pessoas aceitarem ficar…Nos momentos de dúvida, de adversidade, em que o mais fácil é afastar, trata-se daquelas pessoas que mesmo sem ser o mais fácil, sem saberem muito bem como nem porquê, decidem ficar…Conformismo pensarão vocês? Não…O conformismo que falei antes é outro… Aquele em que as pessoas ficam por terem medo de não ter mais nenhum outro lado para ir…Aqui eu falo, de pessoas que chegam a esse estado que o amor pode ter levado ao 100, mas que também gera dor, desconforto, dúvidas se valerá a pena a montanha russa de emoções…Quando se torna mais fácil partir para outra carta, ver o que a 2ª mão nos dá. Nesses momentos é o que se sabe…Mais do que a paixão, que um dia se transforma, pois é impossível viver uma vida inteira com uma pessoa e ter o mesmo sentimento carnal que se tinha no dia 1( é uma questão física e hormonal)., o amor ,quando bem conservado e genuíno tende a fortalecer-se desses momentos… Actos de fé tomados em conjunto…Já não sou eu, o mundo não gira em torno do que eu vejo, mas de uma visão e de um tempo que construímos em conjunto.

Amor é por isso, mais do que tudo, para os corajosos…Não para os sonhadores, ou para todos os sonhadores…É para aqueles que sabem que nunca se deve parar de sonhar…Isso serve na busca incessante de um grande amor, quando sabemos que nunca amamos, e serve para nos momentos difíceis, em que a dor se sobrepõe ao prazer, ter a coragem de…ficar. Assim se escrevem as mais bonitas histórias de amor…Aquelas que não lemos num livro ou vemos num filme, aquelas que nos atrevemos a viver.

.
Quanto à paixão…Mesmo essa tende a ser vista como algo demasiado física e carnal… Devo dizer, há coisas que apesar da passagem dos anos me continuam a apaixonar como a 1ª vez quase…Uma última sessão no cinema com alguém, o teatro, o seu cheiro, o ambiente, as texturas e as suas cores, o acto de partilhar com alguém um bocado de nós…

Se é possível dentro do amor, haver espaço para uma paixão constante? Se o amor for verdadeiro, teremos que partilhar as nossas fraquezas, as nossas zonas menos cómodas, teremos actos que nos retiram a nossa beleza ou a imagem que passamos para o exterior, a intimidade leva a partilha de coisas que efectivamente não são bonitas, mas é o acto de termos o à vontade para as partilharmos e o acto de alguém não ter medo nem se sentir incomodada de partilhar essas situações, que reforça ainda mais a nossa capacidade de a amar… E amando alguém eu sinto-me apaixonado pelas mais pequenas coisas. Todos os dias há algo que vejo de novo, ou algo que revejo que e apaixona…Tenho a capacidade de me apaixonar vezes sem conta por pequenos gestos, por um sorriso, por uma expressão, por uma palavra…
.

É difícil amar…Ficar é difícil…Mas já amei..Não sei se já fui tão amado ou tantas vezes amado como eu já amei…Mas há várias formas de amar…Há um amor que dura para sempre na minha vida. O engraçado é que vagueamos tanto, mas por vezes esquecemos que por mais que demos tanto a tanta gente , por vezes há pessoas que não precisam de tanto para nos amarem e para nós as amarmos, mesmo que passemos momentos lá está, melhores ou piores…
.
.
A paixão pode dar origem ao amor, e o amor pode-nos guiar a uma paixão especial todos os dias…
.
.
Dizem que não há amor mais puro e genuíno como o 1º…Geralmente muitos associam à 1ª namorada, o 1º beijo infantil e inocente, à 1 vez que dissemos “amo-te “ a alguém…
.
Tenho pensado, e dentro da intensidade de sentimentos q já senti pelas pessoas, há alguém que sempre ficou…Não há amor mais genuíno que isso…Por mais que por vezes seja injusto, por mais que desiluda, por mais que possa magoar, por mais que saiba sobre as minhas falhas e as minhas incapacidades, sempre escolheu ficar… E chegado a esta fase da vida, com outra maturidade, mesmo nos momentos difíceis, não há dia em que não me apaixone… A capacidade de sentir que conquistei algo quando a vejo sorrir, a transparência dos afectos , as palavras que não são precisas serem ditas e que se sentem…A partilha, o sacrifício, mas ao mesmo tempo a força que o calor de um abraço me dá… Não haver limites naquilo que me faz sentir e o facto de , no fundo, ter sido o meu 1º amor, e aquele , que já assistiu a todas as mudanças na minha vida, assistiu a todos os amores e desamores que me influenciaram, e que , mesmo não tendo acesso a tudo o que é a minha vida, é o facto de constância, o meu porto de abrigo, pelo facto de no fim do mais difícil dos dias…Um sorriso seu, um abraço, ser capaz de tornar o meu mundo melhor. A capacidade inigualável que tenho de lhe dar todos os manifestos de carinho e estupidez ao mesmo tempo, com a facilidade e o coração aberto que não consigo fazer com mais ninguém com medo de ser censurado, incompreendido ou sentir-me ridicularizado….
.

Lembro-me de quando em pequeno ter aquela ideia que os meus pais podiam afastar todo o mal da minha vida...Como se o falar algo à minha mãe e ela dizer que tudo ficaria bem, tivesse o dom mágico de efectivamente fazer com que tudo, no final, ficasse bem...Era como que algo mágico, que só ela tinha...Hoje, mais velho, sinto-me mais entregue a mim mesmo. O acto de crescermos passa, por voarmos por nós próprios e admitirmos a nós próprios que é de nós que depende o sucesso e o insucesso...E que nem tudo está no nosso controlo...É o que fazemos para lidar com essa incerteza que dita os nossos passos e o caminho que trilhámos...
.

Mas mesmo hoje, sabendo que na maior parte das vezes por mais que tente, não poderá entender os meus dilemas ou conseguir ajudar de facto ou resolver qualquer problema que se me depare...Ela consegue fazer-me sentir que há coisas que duram, que há sentimentos que não são alteráveis...Que compreenda ou não,ela está lá para mim, em todos os momentos e situações...
.

Pouco me faz mais feliz que a ver feliz, que brincar com ela, abraça-la vezes sem conta ao dia, enche-la de mimos por tudo e por nada, dançar com ela no meio da cozinha, falar-lhe do que a faz feliz, ouvir o que tem para dizer, mesmo que seja a mesma história que j+a ouvi mais que uma vez...Dizer-lhe que gosto muito dela, que é ela a maior alegria das nossas vidas...
.

Amei-a desde sempre…Desde o 1º momento…E lá está…A paixão flutua, mas o amor dura sempre…Momentos bons e maus mas sempre ficamos…Não sei se é memória que crei na minha cabeça ou é genuína, se o é genuinamente ficcionada…Mas sempre achei o ser mais belo do mundo…
.

Falo da minha mãe. Lembro-me de quando a comecei a amar…Tenho uma vaga imagem, uma das 1ªs e mais antigas memórias q tenho…Deveria ter menos de 3 anos…A minha mãe acordava-me a mim e ao meu irmão e lembro-me que me ia levar para o banho, para depois ir para o infantário…Lembro-me dela parecer enorme para mim na época, e de olhar para ela enquanto ela me agarrava nos seus braços e pensar…Esta é a pessoa mais bonita do mundo…na época achava-a mais alta que a mãe dos outros,mais bonita, mais tudo…Hoje vejo que afinal não é assim tão alta…lol. Que eu é que era muito pequeno.lol…No entanto, com o passar dos anos, vejo que uma imagem, ou um sentimento puro de amor pode nascer do mais puro dos seres como uma criança…e pior, ser verdade… Hoje em dia, acho que é mesmo a pessoa mais bonita. E é o meu grande amor…Por mais que a desiluda, por mais que por vezes descarregue em tudo o que me rodeia, por mais vezes que seja injusto e seja difícil entender-me…ela sempre decidiu ficar…Sempre acreditou…Teve um acto de coragem e fé…Isto é amor. E quando me perguntam se amo alguém? Por vezes pensava. Não, neste momento não amo ninguém…Mentira, eu nunca deixei de ter amor na minha vida…Mesmo nos momentos mais triste, mais solitários e em que parecia que tinha perdido alguém, sempre amei e fui amado…E sim, a paixão flutua, mas é impossível não me apaixonar todos os dias por cada sorriso, cada abraço, cada vez que chego a casa e oiço a sua voz...E mesmo por mais amarrado que seja o meu dia, como ela nunca se esquece de me vir pedir um beijo sempre que acorda e antes de se deitar...Como isso lhe faz diferença...E como é diferente para melhor, a minha vida, ter a possibilidade e a felicidade de me aperceber no meu dia a dia,da sorte que tenho de poder desfrutar de momentos com ela todos os dias...Esta é e será sempre a minha mais bonita história de amor…E a prova que o amor pode ter diversas formas e que pode sim, durar para sempre.

quinta-feira, 11 de março de 2010

People who give up on love aren't worth loving



Vincent:Did she ever love you?
William Harding: I don't know. I think so.
Vince: Don't do anything, just be cool, you know. Just wait, she'll call you.
William Harding: She won't.
Vince: Yes, she will.
William Harding: No, she won't.
Vince: Well then, fuck her, you know. People who give up on love aren't worth loving

William: what does that says about you?
Vince: I don,t know what it says about me, but seing you here today...it says a hell about you...

terça-feira, 9 de março de 2010

Onde só chega quem não tem medo de naufragar...







Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar (...)





Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só

Eu vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar...





Cada Lugar teu- Mafalda Veiga.

Impossível não me emocionar cada vez que sou surpreendido e arrebatado por esta música, esta voz doce, e esta letra absolutamente sublime...Fico sem palavras...


Mesmo que a vida altere os meus sentidos, me leve para longe de nós...Desejo um dia ter a força,ser destemido, e de também eu, poder chegar aonde só chega quem não tem medo de naufragar...