terça-feira, 6 de março de 2012

Nos meus olhos morrem as paisagens...




Sei que estou só e gelo entre as folhagens
Nenhuma gruta me pode proteger
Como um laço deslaça-se o meu ser
E nos meus olhos morrem as paisagens...


Desligo da minha alma a melodia
Que inventei no ar. Tombo das imagens
Como um pássaro morto das folhagens
Tombando se desfaz na terra fria.


Sophia de Mello Breyner Andresen


Nos meus olhos morrem as paisagens...

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