quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Hold Still

Tenho estado parado...suspenso...Mas estou aqui...Por vezes, ainda tenho estes momentos...




In this little town
cars they don't slow down
The lonely people here
They throw lonely stares
Into their lonely hearts

I watch the traffic lights
I drift on Christmas nights
I wanna set it straight
I wanna make it right
But girl you're so far away

Oh, hold still for a moment and I'll find you
I'm so close, I'm just a small step behind you girl
And I could hold you if you just stood still

I jaywalk through this town
I drop leaves on the ground
But lonely people here
Just gaze their eyes on air
And miss the autumn roar
I roam through traffic lights
I fade through Christmas nights
I wanna set it straight
I wanna make it right
But man you're so far away

Oh, I'll hold still for a moment so you'll find me
You're so close, I can feel you all around me boy
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there

Oh, hold still for a moment and I'll find you
You're so close, I can feel you all around me
And I could hold you if you just stood still
Oh, I'll hold still for a moment so you'll find me
I'm so close, I'm just a small step behind you
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there...

Sempre senti solidão mesmo rodeado de pessoas, mesmo quando me perco nas multidões...Sempre a tive como boa companheira, capaz de me apurar os sentidos...Gosto da ideia de vaguear pelas ruas de cidades encantadas, atendo aos pequenos pormenores, detalhes que perdemos no dia a dia, e no caminhar numa tarde de inverno, sentido o frio no meu rosto e ver as pessoas nas ruas, a "chocarem" umas com as outras, a comunicarem, ver trocas de risos, de olhares perdidos, de gente que busca rumos por entre os caminhos que percorrem, um olhar apaixonado, um amor para sempre, um eterno retorno, uma meloncalia latente...um tempo que é instante irrepetível, a cidade que nos acolhe, nos observa...Sinto-a como a personalização física de uma série de nadas que são tudos, de sentimentos dos mais corriqueiros e harmoniosos aos mais profundos e contraditórios...Deposita fés,anseios,euforia,vitória, conquista,acelera e trava...
A solidão sempre me deixou próximo das ideias, de outro mundo sensitivo, que não é refém do crivo alheio, que me faz ser observador/actor.
.

.


Creio que esta é a música que ainda melhor me define e me faz voltar às palavras, ao sentimento à flor da pele, às memórias, me devolve a uma parte de mim que vejo fitar-me de longe, mas que ainda tem a capacidade de num ponto concreto, encontrar-me...

4 comentários:

Jil aka aSonhadora disse...

Gostei muito! :')

aAprendiza disse...

:')

É muito fácil encontrar-te, com bastante acuidade, em toda e qualquer dobra deste escrito. Nesta música, também, é certo...

Mas esta é uma daquelas músicas, cm dizer... real. É muito fácil encontrar certas e determinadas Pessoas 'dentro dela'... Por isso mesmo sempre a apreciei, desde que a ouvi pela primeira vez, porque desconcerta... Pq é real.

Definitivamente é real. Além do que, vai muito de encontro a uma ideia inefável que sempre me acompanhou... Sempre tive cá para comigo que, uma pessoa nunca é só uma pessoa. Quero dizer, nunca é só 'essa' pessoa. Uma Pessoa é sempre o somatório dessa pessoa com todas as suas Pessoas. As presentes e as ausentes. Como se vivêssemos todos interligados por fios - uns ligam a outros que, por sua vez ligam a outros, e sempre assim, sucessivamente, de tal maneira que, se chega a um ponto em que não se sabe mais onde acaba uma pessoa e começa outra...

Quem integra os nossos itinerários de afectos, facilmente comparece em nós. A sua presença cresce muito, nomeadamente perante a ausência.

Por isso acredito, porque sinto, que quando se está sozinho, nunca se está, efectivamente sozinho. Nunca se está 'sensitivamente' sozinho :)

ricardocosta disse...

Nunca tive o blog tão concorrido...lol.
Obrigado pelos comentários pequenos seres pensantes;)
.
Também acho que nós somos uma soma de várias palavras gravadas na nossa memória,absorvemos as mais pequenas coisas, a forma como as intepretamos,como nos interpretaram e são uma constante construção de vários feitios,personalidades,de várias pessoas numa só...
.
Num texto de há uns meses refiro um bocado isso....
.
Solidão... Considero que a sempre encarei como uma espécie de fiel companheira...Sempre me senti só sem de facto estar realmente sozinho...Aprendi a valorizar os silêncios e a sua sublime forma de expressão na nossa forma de pensar,sentir e sonhar...

Beijinhos
Obrigado pela vossa ilustre visita,pena é que os meus comentários feitos no vosso blog tenham desaparecido...

Jil disse...

Ena... tanta gente dentro de vocês!... Querem que vá às páginas amarelas tentar contratar um exorcista?! :P