terça-feira, 20 de outubro de 2009

Medida de Humanidade



Estas mãos e este corpo cansado foi tudo o que te sobrou…,este coração partido tornou-se em pedra… sempre chega um tempo em que os castelos ruem, e todos os navios partem do porto, esta esperança feita de vento serve-te como uma luva, as ruas frias e o passado que se perdeu e aprendes-te a amar , a tristeza e vazio que transpareces no olhar, é a maior verdade que hoje te sobra…por isso volta meu perdido amigo, volta a ser aquele que era capaz de estar na ponta da espada, dentro da luz, força no sentido, olhos nas estrelas, incapaz de ser vencido, incapaz de ser atingido, guia-me perante o espaço que ficou, perante os destroços faz-me ter a vontade de não voltar para trás, de não parar… faz-me caminhar perante as lágrimas de chuva… ergue-te da tua pseudo glória dentro do tempo, sabes que podes perder mas já ganhaste e levanta-te por entre as cinzas enquanto podes. Agora podes querer, agora podes ganhar, agoras podes sorrir, é o destino de quem viveu, não penses que és forte,, és aquilo que hoje podes ser…





O tempo passou, o teu lugar deixou de ser este, olha-te no espelho e sentes o regresso a um Reino aonde és rei sem coroa, agarra-te aos laços que o mundo te deu e tos quebrou, afinal esta é sempre a forma que tiveste que lidar, tens que aprender a perder para um dia ganhar, agora podes amar, sofrer, cair, afinal é essa a sina de quem cresce e se edifica como alguém que escolheu não se deixar vencer…. Movimentas-te em círculos, reparas que sempre escolheste a encruzilhada errada, bateste-te nas guerras que te derrotaram enquanto as vencias… Estás fora do tempo, estás num local que não é teu, vês um rosto que não reconheces.
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Volta a casa, sem promessas sem expectativas, faz-te ver por entre a neblina que te esconde e volta com o que tens, seja bom ou mau, volta a casa e aceita a medida da tua humanidade frágil…aceita que ela ainda tem momentos capazes de te devolver não ao tempo que perdeste, mas a um tempo que ainda pode ser teu. Simplesmente sem receios nem medos do que possas encontrar… volta ao tempo que deixaste passar…

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